quarta-feira, 28 de abril de 2010

MUSEU DE PORTIMÃO: O MELHOR DO ANO NA EUROPA

O Conselho da Europa distinguiu o Museu de Portimão como o melhor do ano, galardão que não era atribuído a um museu nacional há 20 anos.
O Museu de Portimão recebeu esta terça-feira uma estatueta em bronze ("A mulher com belos seios") de Joan Miró, em Estrasburgo, depois de ter sido eleito ao nível europeu como o melhor museu do ano. O presidente da autarquia de Portimão, Manuel da Luz, agradece o reconhecimento e lembra que o prémio "é muito importante porque reconhece um trabalho realizado desde os anos 80", num museu com características muito próprias. O museu está instalado numa fábrica de conservas, “que representa uma actividade que durante muitos e muitos anos representou o sustento de vida de muitas pessoas e de largas centenas de famílias", lembrou o autarca. Em declarações à Lusa, Manuel da Luz sublinha que “há 20 anos que este prémio não era atribuído a um museu português e (o museu de Portimão) concorreu a par de vários outros museus, incluindo portugueses também". Além da estatueta, o prémio inclui ainda o valor monetário de cinco mil euros.

DIA MUNDIAL DA LIBERDADE DE IMPRENSA

Comemora-se no dia 3 de Maio, o Dia Mundial da Liberdade da Imprensa, implementado pela UNESCO, como corolário e consagração do direito fundamental de liberdade de imprensa, consagrado pelo art. 19.º da Declaração Universal dos Direitos do Homem.

"Só com jornalistas usando plenamente os seus direitos e garantias existe jornalismo verdadeiramente livre e responsável", afirma o Sindicato dos Jornalistas (SJ) em comunicado assinalando o Dia da Liberdade de Imprensa, 3 de Maio.
O SJ considera que "é possível e necessário ser mais livre em Portugal", pelo que reafirma o seu compromisso de prosseguir a luta em defesa dos direitos dos jornalistas e da liberdade de imprensa. Apesar de Portugal dispor de um quadro legislativo dos mais avançados da Europa, no que respeita aos média, o SJ considera que, "face às transformações no sector e à manutenção de distorções inaceitáveis", é possível "novos avanços". Neste âmbito, o SJ considera urgente, designadamente, a regulamentação dos direitos de autor dos jornalistas; a aprovação de uma lei da entidade reguladora do sector que contribua para a defesa da liberdade da imprensa; a definição de limites às concentrações de órgãos de informação; e o reforço da protecção do sigilo profissional dos jornalistas.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

SEMANA DA LEITURA 19a23 Abril 10

História do Livro

Na idade média não havia imprensa.
Era numa oficina chamada scriptorium que os monges copistas tinham um longo trabalho de copiar os livros, o que fazia com que demorassem anos a acabar um livro.
Como eram raros e muito caros, os livros estavam muitas vezes presos por uma corrente para maior segurança.
Os monges fabricavam as tintas que precisavam a partir de bagas, ferrugem, bugalhos e outras plantas tintureiras.
Alguns livros particularmente preciosos foram escritos com tinta em ouro.
Um corno de boi servia de tinteiro e uma pena de ganso, à qual se cortava a ponta, uma caneta.
Alguns livros foram ricamente ilustrados com imagens de cores vivas e com as letras iniciais decoradas – as iluminuras.
As folhas eram presas com uma corda e a capa do livro era composta de madeira coberta com couro.
As ornamentações eram de latão, de prata ou de ouro, às vezes eram mesmo decoradas com pedras preciosas.
Era na biblioteca, e não a igreja, o local mais provável de encontrar um monge copista na europa medieval.
Copiando às vezes para escapar da ociosidade e para ganhar o sustento, eles acabaram preservando a cultura ocidental.

UM ESCRITOR NA NOSSA ESCOLA: José-Alberto Marques

Começou a ter uma paixão pela poesia a própria e a dos outros.
Escreve para a revista do Colégio Andrade Corvo em 1958/59 o 1º poema concreto em Portugal por um português, intitulado SOLIDÃO.
Foi universitário e teve várias profissões para saldar o preço da vida que lhe enchia os olhos de percepções e ilusões.
Ganhou o tempo a rasgar papéis e objectos, acumulando livros enquanto era editor do jornal Quadrante da Faculdade de Direito de Lisboa.
Depois seguiu o interminável percurso dos amantes e deixou o nome ligado ao Movimento de Poesia Experimental.
Actualmente anima-o a felicidade de ter sido amigo da última geração dos surrealistas portugueses.
Tendo sido um profissional do ensino, percorreu todos os cargos possíveis elegendo o de Orientador Pedagógico de Português.
Foi candidato pelo M.E.S. (não eleito) à Assembleia Constituinte de 1975 e fez parte, mais tarde, da direcção do S.P.G.L.
Escreveu livros de poesia, romances, livros infanto-juvenis, publicou textos de crítica literária em diários e revistas de especialidade, fez exposições de poesia visual em vários países e foi antologiado em várias edições portuguesas e estrangeiras.
Encenou peças de teatro, fez happenings, instalações e performances.
Além disso, esteve preso, por razões políticas em 1973.
Sucede ainda que ganhou o 1º Prémio Nacional de Literatura Infanto-Juvenil nas comemorações dos 20 anos do 25 de Abril, com o livro Magia dos Sinais e obteve uma Menção Honrosa no Prémio Aquilino Ribeiro, com o livro Padrões.
Participou na 5ª Edição do Belô-Poético – Encontro Nacional de Poesia, em Belo Horizonte.
Fez parte da Direcção da Associação Portuguesas de Escritores.