Oferecendo-nos um olhar implacável e cirúrgico sobre o final do período marcelista, esta obra revela já
a prosa intrincada, precisa e exuberante típica de Saramago, mas com pequenas
diferenças: a narração na primeira pessoa e a extensão dos períodos e
parágrafos (mais contida e convencional); leitores que, familiarizados com poucas
obras do autor, desejem explorar obras suas menos conhecidas ou que, conhecendo
um ou outro dos seus livros mais emblemáticos, gostariam de contactar com o
autor num registo mais distante do seu ‘cânone’ estilístico, têm aqui o livro
ideal.
Paulo Lopes
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