Estranhos frutos
As árvores do sul dão estranhos rebentos
As folhas e o solo sangrentos
Corpos negros oscilam na brisa sulista
As folhas e o solo sangrentos
Corpos negros oscilam na brisa sulista
Dos choupos pendem estranhos frutos à
vista
Cena pastoral do Sul galante
Olhos salientes e boca hiante
Fragrância de magnólias, doce e delicada
E logo o cheiro de carne queimada
Eis um fruto que os corvos bicam
Que o vento suga, que as chuvas unificam
Que o sol apodrece, que a árvore larga
Eis uma safra estranha e amarga
— Abel Meeropol (sob o pseudónimo Lewis Allen, 1937);
cantada por Billie Holiday (1939)
Strange Fruit
Southern trees bear strange fruit
Blood on the leaves and blood at the root
Black bodies swinging in the Southern breeze
Strange fruit hanging from the poplar trees
Blood on the leaves and blood at the root
Black bodies swinging in the Southern breeze
Strange fruit hanging from the poplar trees
Pastoral scene of the gallant South
The bulging eyes and the twisted mouth
Scent of Magnolias, sweet and fresh
Then the sudden smell of burning flesh
Here is a fruit for the crows to pluck
For the rain to gather, for the wind to suck
For the sun to rot, for the tree to drop
Here is a strange and bitter crop
E a canção, interpretada por Billie Holiday (Cafe society, Nova Iorque, 1939):
- https://www.google.com/search?client=firefox-b-d&q=billie+holyday+strange+fruit#fpstate=ive&vld=cid:15e1c983,vid:wHGAMjwr_j8
Em 2002, esta canção foi selecionada para preservação no National Recording Registry pela Biblioteca do Congresso norte-americano. O autor menciona, como fonte de inspiração direta para esta letra, uma fotografia que documenta o linchamento de dois negros, Thomas Shipp e Abram Smith, em 7 de agosto de 1930.
[In https://en.wikipedia.org/wiki/Strange_Fruit#Poem_and_song]
Sem comentários:
Enviar um comentário