Vinho lilás
Foi numa noite fresca e húmida que me perdi
Rendi-me a essa difusa luz que vi
Hipnotizou-me um estranho frenesi
Debaixo do lilás
Fiz vinho do lilás
Segui a receita, pertinaz
Faz-me ver o que me satisfaz
E ser como quero ser, sagaz
Quando penso mais do que queria
Faço coisas que deveria pôr de parte
Bebo muito mais do que devia
Porque assim consigo evocar-te
O vinho lilás é doce e capitoso - como o meu amor
Vinho lilás, sinto-me vacilante - como o meu amor
Escuta, não vejo de modo capaz
Não é ela que aqui vem, aliás? Quase aqui chegada
Vinho lilás, doce e capitoso – onde está o meu amor?
Vinho lilás, sinto-me vacilante – onde está o meu amor?
Escuta, porque é que está tudo tão tremente?
Não é ela, ou estou a ficar demente, amada?
Vinho lilás, não me sinto pronto para o meu amor
Não me sinto pronto para o meu amor.
— James Shelton (1950): cantada por Jeff
Buckley (in Grace, 1994), entre outros (Helen Merrill, Nina Simone, Elkie Brooks, Ana
Moura…)
Lilac Wine
I lost myself on a cool, damp night
I gave myself in that misty light
Was hypnotized by a strange delight
Under a lilac tree
I made wine from the lilac tree
Put my heart in its recipe
Makes me see what I want to see
And be what I want to be
When I think more than I wanna think
I do things I never should do
I drink much more that I oughta drink
Because it brings me back you
Lilac wine is sweet and heady, like my
love
Lilac wine, I feel unsteady, like my love
Listen to me, I cannot see clearly
Isn't that she coming to me? Nearly here
Lilac wine is sweet and heady, where's
my love?
Lilac wine, I feel unsteady, where's my love?
Listen to me, why is everything so hazy?
Isn't that she, or am I just going crazy, dear?
Lilac wine, I feel unready for my love
Feel unready for my love
— James Shelton (1950)
Jeffrey Scott Buckley (nascido em 1966) cresceu como Scott
Moorhead. Morreu em maio de 1997, quando nadava no rio Mississipi, quase três
anos depois de ter saído o único álbum publicado em vida, Grace (agosto de
1994). Depois da sua morte, foram publicados postumamente vários discos de
material previamente gravado. O seu pai, o celebrado cantor Tim Buckley, que abandonou
a mulher (Mary Guibert) quando esta estava grávida, tinha 19 anos quando Jeff
nasceu (e morreu oito anos depois, com uma overdose),
não o conheceu senão dias antes da sua morte, quando Jeff tinha oito anos – e
foi a única vez que se encontraram.
A revista Rolling Stone incluiu Jeff Buckley na sua lista de
melhores cantores.
[In https://auralcrave.com/en/2018/07/01/tim-and-jeff-buckley-two-stars-one-story/ e https://en.wikipedia.org/wiki/Jeff_Buckley]
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