Sobre o termo poemínimo (cunhado pelo poeta mexicano Efraín Huerta) escreveu o próprio (em Prólogos de Efraín Huerta, 1981): “O poemínimo parece facílimo (qualquer um pode fazê-lo), mas os imitadores cedo descobriram que era demoniacamente difícil. Criá-lo requer uma espontaneidade diferente da do meditado epigrama e um maligno toque poético que o coloca a cem anos de luminosa obscuridade do haiku; tão-pouco é um aforismo — ou um apotegma ou um dogma. Para encontrar um meio termo escolhi o vocábulo apodogma”.
E é sob a eminente mas inadvertida tutela poética de Efrín Huerta (e com a devida e grata vénia) que apresento os poemas desta rubrica.
Paulo Lopes