terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Poemínimos

Sobre o termo poemínimo (cunhado pelo poeta mexicano Efraín Huerta) escreveu o próprio (em Prólogos de Efraín Huerta, 1981): “O poemínimo parece facílimo (qualquer um pode fazê-lo), mas os imitadores cedo descobriram que era demoniacamente difícil. Criá-lo requer uma espontaneidade diferente da do meditado epigrama e um maligno toque poético que o coloca a cem anos de luminosa obscuridade do haiku; tão-pouco é um aforismo — ou um apotegma ou um dogma. Para encontrar um meio termo escolhi o vocábulo apodogma”.
E é sob a eminente mas inadvertida tutela poética de Efrín Huerta (e com a devida e grata vénia) que apresento os poemas desta rubrica. 
Paulo Lopes





terça-feira, 16 de janeiro de 2018

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Feliz Ano Novo!!!





Novelas em três linhas





















Paulo Lopes

"As minhas escolhas" - dezembro e janeiro

Um notável tour de force narrativo: todo o livro é narrado por uma criança de cinco anos; e entre as linhas de diálogos ingénuos e observações argutas e arrebatadas aninham-se os mais tenebrosos medos paternos; porque a jovem mãe do livro — protegendo, educando, alimentando e acarinhando o seu filho em condições que descobrimos de extremo confinamento — é assombrosa. O que há de especial nesta obra é que a imagem do mundo desta criança (verbalmente articulada e perspicaz) é muito diferente da das outras crianças. Quão diferente, e porquê (com as suas chocantes e distanciadas revelações) é a progressiva e gratificante descoberta do leitor.
Paulo Lopes

As minhas escolhas" - novembro

A abertura é a saída do hospital do escritor Sidney Orr (depois da recuperação miraculosa de uma doença quase fatal) e, num dos passeios que lhe foram prescritos pelo médico, a compra de um caderno português de cor azul numa obscura papelaria de Brooklyn: começa a escrever uma história sobre um homem que, ao escapar por um triz de ser esmagado por uma gárgula, tem um epifania (a existência é regulada pelo acaso) e, num impulso, muda radicalmente a sua vida — e é nesta altura que a sua própria vida começa a emular a da sua personagem.
Paulo Lopes