quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

FEIRA DO LIVRO NA BESB

Este ano, mais uma vez, a XII Feira do Livro decorreu na nossa escola onde foi integrada a exposição de "Pedras de Leitor".O balanço final foi considerado bastante positivo, tendo em conta a frequência dos visitantes.
Esperamos que estas visitas perdurem por muito tempo.
A Equipa da Biblioteca agradece a participação de todos os seus visitantes, desejando um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Halloween

Estas são algumas imagens que resultaram da azáfama dos últimos dias. O balanço foi positivo. Os objectivos foram conseguidos, o que resultou na contribuição para a construção de um grupo turma, deixando de ser apenas um conjunto de jovens que as circunstâncias juntaram.
As reacções conhecidas são positivas, o público gostou. A Scary Room foi um sucesso, o teatro fez rir e o clip “ Thriller” animou toda escola na sala de alunos. Os nossos meninos estão de parabéns!!!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

100 anos de uma casa portuguesa

Um espreitar no interior de uma casa portuguesa, faz-nos ter uma visão de como uma família vivia, há cem anos. É este olhar mais íntimo que te propomos revisitar com a exposição, “100 anos de uma casa portuguesa” , que está patente na nossa escola. Terás a possibilidade de ver objectos do quotidiano e espaços familiares típicos da época.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

República/100 anos: Espólio de António Pedro Vicente em exposição

Lisboa, 28 set (Lusa) -- "Enfim a República!" é o título da exposição dedicada ao espólio do professor António Pedro Vicente, que será inaugurada quarta feira na Fundação Mário Soares, em Lisboa.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

"Interesse" escolar dos alunos portugueses!

Um estudo vem agora revelar que os Portugueses não gostam do estudo.
Trata-se de uma entrada no blog do Venerando Matos ("Vedrografias") que comenta números muito interessantes (divulgados no Público) no que respeita ao "interesse" escolar dos alunos portugueses .
... parece que, afinal, não são propriamente os professores os culpados do insucesso deles!
Mas claro, a divulgação que é dada a estes contributos para a explicação do insucesso escolar em Portugal, é escassa porque não convêm...

"São marcas que continuam a acompanhar os portugueses. Cá dentro, Portugal tem a segunda taxa mais elevada de abandono escolar precoce da União Europeia.”
Lá fora, os filhos dos emigrantes portugueses continuam a desistir. No Luxemburgo, um em cada quatro alunos que abandona a escola secundária é português, dá conta um estudo do Ministério da Educação luxemburguês, ontem divulgado pela agência Lusa.
"Entre os estudantes estrangeiros que frequentam o ensino secundário naquele país, os portugueses são os que apresentam a maior taxa de abandono escolar.”
No último ano lectivo, estavam inscritos nas escolas públicas 7046 portugueses. Desistiram 454, o que representou um aumento de cinco por cento em relação ao ano anterior. Os alunos portugueses representam 19,1 por cento da população estudantil do Luxemburgo. São o maior grupo entre os estrangeiros que estudam naquele país.
"A outra face da mesma moeda: dados recentes mostram que, nos EUA, Canadá, Grã-Bretanha e Suíça, os filhos dos emigrantes portugueses estão também entre os que obtêm resultados escolares mais baixos entre as comunidades estrangeiras. ( !!! )”
Para Hermano Sanches Ruivo, responsável pela primeira associação de luso-descendentes criada na Europa, a Cap Magellan, a reprodução desta situação deve-se em grande parte ao facto de muitas famílias continuarem a não valorizar o papel da educação.
"Para muitos, educação é os filhos fazerem o que eles fizeram", comenta ao PÚBLICO.
"Não têm tempo para acompanhar os filhos, não gastam dinheiros em aulas suplementares para compensar atrasos. Os jovens, por seu lado, têm como preocupação começarem a trabalhar o mais rapidamente possível."
"Também o organismo que coordena os serviços escolares na Suíça (CDIP) apontou, em 2007, o dedo às famílias. Os fracos resultados escolares das crianças portuguesas devem-se "ao desinteresse total dos pais em acompanhar" a educação dos filhos e à "origem sócio-cultural modesta" destes, afirmava-se num documento que suscitou a indignação dos representantes portugueses naquele país.
"Sanches Ruivo, que foi o primeiro luso-descendente a ser eleito para a Câmara de Paris, considera que a responsabilidade desta performance negativa recai também sobre os sucessivos governos portugueses. Tem sido feito muito pouco para promover a língua portuguesa, constata. Um resultado: em França, apenas 30 mil pessoas estão a aprender português, os estudantes de italiano são quase 300 mil, os de espanhol três milhões.
SÃO COINCIDÊNCIAS A MAIS. Os sistemas educativos do Luxemburgo, Canadá, Reino Unido, Suíça, França e Portugal, sendo muito diferentes - e alguns deles muito prestigiados internacionalmente - apresentam os mesmos dois problemas com os alunos portugueses: Abandono escolar e insucesso...
Não seria de explorar a possibilidade de estarmos perante um problema cultural de fundo, dos portugueses em relação à escola e à necessidade do estudo?
Andou o Ministério da Educação, nos últimos anos, sob a liderança de Maria de Lurdes Rodrigues, com o beneplácito de um agradecido José Sócrates, com o apoio propagandístico de alguns "opinadores", como Emídio Rangel ou Miguel Sousa Tavares, a despejar sobre a opinião pública a ideia de que os professores portugueses eram uma espécie de crápulas, responsáveis pelo abandono escolar e pelos maus resultados dos alunos, para vir agora um estudo do Ministério da Educação do Luxemburgo revelar que são os estudantes portugueses naquele país os que registam mais abandono escolar e piores resultados.
Afinal, como prova esse estudo, reforçado por situação idêntica noutros países, como os Estados Unidos, o Canadá, a Grã-Bretanha e a Suiça, o facto das famílias portuguesas emigrantes não valorizarem o estudo e o ensino, está na origem do abandono escolar e dos maus resultados.
Ou seja, em sistemas de ensino diferentes, com condições de trabalho e formação dos professores diversos, o resultado é sempre o mesmo em relação aos estudantes portugueses: alto índice de abandono e fracos resultados escolares.
Apontam ainda aqueles estudos como principais responsáveis pela situação as famílias que não valorizam os estudos. Obviamente que em Portugal a razão é a mesma.
Depois da divulgação desta notícia, só por má-fé, ignorância e/ou inveja social é que o "bando" de Maria de Lurdes, os "opinadores" do costume e o "paizinho" Albino Almeida, podem continuar a despejar sobre a opinião pública a ideia da "culpa dos docentes" pelo estado do ensino indígena.
De facto existe na sociedade portuguesa uma tendência generalizada para desvalorizar o estudo, o esforço intelectual e a responsabilidade das famílias na educação dos filhos.
O ataque desferido nos últimos anos à classe docente tem contribuído para agravar ainda mais essa situação.
Num país onde "opinadores", economistas e políticos transmitem como imagem de valorização pessoal e económica, actividades como a especulação financeira e imobiliária, o futebol e os concursos de fama efémera, não é de admirar que se desvalorize socialmente o conhecimento e a aprendizagem.
Basta olhar para os escaparates dos quiosques para percebermos isso: existe uma imensidão de publicações dedicadas ao futebol, à vida cor-de-rosa de famosos por serem famosos, ou à divulgação de truques financeiros para enriquecer rapidamente.
Por exemplo, se alguém quiser encontrar uma revista de Cultura, de Arte ou de História, de edição regular, só recorrendo à imensidão de publicações espanholas ou francesas de boa qualidade.
O Jornal de Letras é a excepção, mesmo assim sobrevivendo com dificuldades e quinzenalmente. O Blitz, para sobreviver, teve de passar a revista mensal.
Perante esta realidade até poderíamos ter o melhor sistema de ensino do mundo, que os resultados pouco mudariam.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Josefa, a bombeira

"Josefa, 21 anos, a viver com a mãe. Estudante de Engenharia Biomédica, trabalhadora de supermercado em part-time e bombeira voluntária. Acumulava trabalhos e não cargos - e essa pode ser uma primeira explicação para a não conhecermos. Afinal, uma jovem daquelas que frequentamos nas revistas de consultório, arranja forma de chamar os holofotes. Se é futebolista, pinta o cabelo de cores impossíveis; se é cantora, mostra o futebolista com quem namora; e se quer ser mesmo importante, é mandatária de juventude.
Não entra é na cabeça de uma jovem dispersar-se em ninharias acumuladas: um curso no Porto, caixeirinha em Santa Maria da Feira e bombeira de Verão.
Daí não a conhecermos, à Josefa. Chegava-lhe, talvez, que um colega mais experiente dissesse dela: "Ela era das poucas pessoas com que um gajo sabia que podia contar nas piores alturas." Enfim, 15 minutos de fama só se ocorresse um azar... Aconteceu: anteontem, Josefa morreu em Monte Mêda, Gondomar, cercada das chamas dos outros que foi apagar de graça. A morte de uma jovem é sempre uma coisa tão enorme para os seus que, evidentemente, nem trato aqui. Interessa-me, na Josefa, relevar o que ela nos disse: que há miúdos de 21 anos que são estudantes e trabalhadores e bombeiros, sem nós sabermos.
Como é possível, nos dias comuns e não de tragédia, não ouvirmos falar das "Josefas que são o sal da nossa terra?"

quarta-feira, 9 de junho de 2010

sábado, 5 de junho de 2010

A maior flor do mundo (livro do mês)

A maior Flor do Mundo, José Saramago
E se as histórias para crianças passassem a ser de leitura obrigatória para os adultos?
Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?
Livro recomendado pelo Serviço de Apoio à Leitura do Instituto Português do Livro e das Bibliotecas

Uma lição de vida

Para olhar com atenção! Para pensar quando achamos que a nossa vida não nos proporcionou o que mais queríamos... Para nos servir de exemplo quando nos sentimos miseráveis com as nossas desilusões...

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Pequenas dicas para melhores apresentações

Uma apresentação de Power Point é um recurso muito útil. Mas nem sempre são feitas da melhor forma... Aqui ficam algumas dicas!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Programa de Desenvolvimento de Literacias da Informação

Uma das preocupações deste blogue, bem como da BESB em geral, é sensibilzar a comunidade para utilização útil e consciente das tecnologias. Neste sentido, consideramos fundamental o desenvolvimento das literacias da informação de forma sistematizada, quer orientando a pesquisa da informação dos utilizadores, mas também apoiando o processo que, a partir dessa informação, leva à construção de conhecimento sustentado.
Foi baseada neste princípio, que a equipa da Biblioteca levou a cabo a aplicação de um programa de desenvolvimento de literacias da informação em turmas de 12º, durante as aulas de Área Projecto, em articulação com os docentes responsáveis.
A receptividade dos alunos a estas sessões foi gratificantemente positiva e, como tal, decidimos, agora, publicar alguns dos materiais utilizados.

Apresentação utilizada nas sessões do programa de desenvolvimento das literacias da informação

Guiões de Apoio ao programa de desenvolvimento de litercias da informação

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Nuno Marçal

Nuno Marçal, bibliotecário à frente do projecto da biblioteca móvel de Proença-a-Nova, foi distinguido pela DGLB, através do prémio literário sueco ASTRID LINDGREN MEMORIAL (ALMA) de 2011, na categoria "Pessoas". Criado pelo governo sueco no ano de 2002, em memória daquela escritora, o prémio laureia escritores, ilustradores e outros agentes promotores da literatura infantil.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

CULTURA: DIA INTERNACIONAL DOS MUSEUS - Reabertura do Museu de Arte Popular

O Mu seu de Arte Popular localiza-se junto ao rio Tejo, entre o Monumento aos Descobrimentos e a Torre de Belém, na freguesia de Santa Maria de Belém, concelho e Distrito de Lisboa, em Portugal.
Possuí salas com colecções permanentes e um espaço com exposições temporárias. As peças organizadas por
províncias, incluem cerâmicas, alfaias agrícolas, trajes, instrumentos musicais, joalharia e coloridas selas, e dá uma viva indicação da diversidade das diferentes regiões de Portugal.
Cada área tem a sua especialidade, como as cangas e os galos de
cerâmica do Minho, as cestarias de Trás-os-Montes, ambos no Norte de Portugal, os badalos e as louças de terracota do Alentejo, ou os equipamentos de pesca do Algarve, no Sul.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

EUROPA - ROBERT SCHUMAN

Enquadrado no âmbito do ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social, o Dia da Europa 2010 tem como objectivo aproximar os cidadãos europeus, promovendo informação sobre os seus direitos laborais, mobilidade profissional e programas de financiamento da União Europeia.
O Dia da Europa é comemorado desde 1985 no dia 9 de Maio, em homenagem a Robert Schuman, responsável pela apresentação da proposta de criação de uma Europa organizada, conhecida como a “Declaração Schuman”.
Robert Schuman (
Clausen, 29 de Junho de 1886Scy-Chazelles, 4 de Setembro de 1963) foi um político democrata cristão e estadista luxemburguês radicado na França.
Presidente do Conselho do
Mouvement républicain populaire (MRP) (1947), depois Ministro de Relações Exteriores (1948-1952), ele foi o grande negociador de todos os grandes tratados do final da Segunda Guerra Mundial (Conselho da Europa, Pacto do Atlântico Norte, CECA, etc.).
Propôs, por meio da
Declaração Schuman de 9 de Maio de 1950, colocar a produção franco-alemã de carvão e de aço sob uma Alta Autoridade comum, em uma organização aberta à participação de outros países da Europa. Essa proposta levará à criação da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, que foi origem da actual União Europeia.
De
1958 a 1960, ele foi o primeiro presidente do Parlamento Europeu, que o condecora, no final de seu mandato, com o título de «Pai da Europa».
Um processo de
beatificação de Robert Schuman foi aberto pela Igreja Católica em 9 de Junho de 1990, nele foram ouvidas 200 testemunhas, o processo conta 50 mil páginas e pesa cerca de meia tonelada. Actualmente encontra-se na Congregação para as Causas dos Santos na Santa Sé para exame. Foi entretanto declarado Servo de Deus, o primeiro passo para a eventual beatificação.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

MUSEU DE PORTIMÃO: O MELHOR DO ANO NA EUROPA

O Conselho da Europa distinguiu o Museu de Portimão como o melhor do ano, galardão que não era atribuído a um museu nacional há 20 anos.
O Museu de Portimão recebeu esta terça-feira uma estatueta em bronze ("A mulher com belos seios") de Joan Miró, em Estrasburgo, depois de ter sido eleito ao nível europeu como o melhor museu do ano. O presidente da autarquia de Portimão, Manuel da Luz, agradece o reconhecimento e lembra que o prémio "é muito importante porque reconhece um trabalho realizado desde os anos 80", num museu com características muito próprias. O museu está instalado numa fábrica de conservas, “que representa uma actividade que durante muitos e muitos anos representou o sustento de vida de muitas pessoas e de largas centenas de famílias", lembrou o autarca. Em declarações à Lusa, Manuel da Luz sublinha que “há 20 anos que este prémio não era atribuído a um museu português e (o museu de Portimão) concorreu a par de vários outros museus, incluindo portugueses também". Além da estatueta, o prémio inclui ainda o valor monetário de cinco mil euros.

DIA MUNDIAL DA LIBERDADE DE IMPRENSA

Comemora-se no dia 3 de Maio, o Dia Mundial da Liberdade da Imprensa, implementado pela UNESCO, como corolário e consagração do direito fundamental de liberdade de imprensa, consagrado pelo art. 19.º da Declaração Universal dos Direitos do Homem.

"Só com jornalistas usando plenamente os seus direitos e garantias existe jornalismo verdadeiramente livre e responsável", afirma o Sindicato dos Jornalistas (SJ) em comunicado assinalando o Dia da Liberdade de Imprensa, 3 de Maio.
O SJ considera que "é possível e necessário ser mais livre em Portugal", pelo que reafirma o seu compromisso de prosseguir a luta em defesa dos direitos dos jornalistas e da liberdade de imprensa. Apesar de Portugal dispor de um quadro legislativo dos mais avançados da Europa, no que respeita aos média, o SJ considera que, "face às transformações no sector e à manutenção de distorções inaceitáveis", é possível "novos avanços". Neste âmbito, o SJ considera urgente, designadamente, a regulamentação dos direitos de autor dos jornalistas; a aprovação de uma lei da entidade reguladora do sector que contribua para a defesa da liberdade da imprensa; a definição de limites às concentrações de órgãos de informação; e o reforço da protecção do sigilo profissional dos jornalistas.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

SEMANA DA LEITURA 19a23 Abril 10

História do Livro

Na idade média não havia imprensa.
Era numa oficina chamada scriptorium que os monges copistas tinham um longo trabalho de copiar os livros, o que fazia com que demorassem anos a acabar um livro.
Como eram raros e muito caros, os livros estavam muitas vezes presos por uma corrente para maior segurança.
Os monges fabricavam as tintas que precisavam a partir de bagas, ferrugem, bugalhos e outras plantas tintureiras.
Alguns livros particularmente preciosos foram escritos com tinta em ouro.
Um corno de boi servia de tinteiro e uma pena de ganso, à qual se cortava a ponta, uma caneta.
Alguns livros foram ricamente ilustrados com imagens de cores vivas e com as letras iniciais decoradas – as iluminuras.
As folhas eram presas com uma corda e a capa do livro era composta de madeira coberta com couro.
As ornamentações eram de latão, de prata ou de ouro, às vezes eram mesmo decoradas com pedras preciosas.
Era na biblioteca, e não a igreja, o local mais provável de encontrar um monge copista na europa medieval.
Copiando às vezes para escapar da ociosidade e para ganhar o sustento, eles acabaram preservando a cultura ocidental.

UM ESCRITOR NA NOSSA ESCOLA: José-Alberto Marques

Começou a ter uma paixão pela poesia a própria e a dos outros.
Escreve para a revista do Colégio Andrade Corvo em 1958/59 o 1º poema concreto em Portugal por um português, intitulado SOLIDÃO.
Foi universitário e teve várias profissões para saldar o preço da vida que lhe enchia os olhos de percepções e ilusões.
Ganhou o tempo a rasgar papéis e objectos, acumulando livros enquanto era editor do jornal Quadrante da Faculdade de Direito de Lisboa.
Depois seguiu o interminável percurso dos amantes e deixou o nome ligado ao Movimento de Poesia Experimental.
Actualmente anima-o a felicidade de ter sido amigo da última geração dos surrealistas portugueses.
Tendo sido um profissional do ensino, percorreu todos os cargos possíveis elegendo o de Orientador Pedagógico de Português.
Foi candidato pelo M.E.S. (não eleito) à Assembleia Constituinte de 1975 e fez parte, mais tarde, da direcção do S.P.G.L.
Escreveu livros de poesia, romances, livros infanto-juvenis, publicou textos de crítica literária em diários e revistas de especialidade, fez exposições de poesia visual em vários países e foi antologiado em várias edições portuguesas e estrangeiras.
Encenou peças de teatro, fez happenings, instalações e performances.
Além disso, esteve preso, por razões políticas em 1973.
Sucede ainda que ganhou o 1º Prémio Nacional de Literatura Infanto-Juvenil nas comemorações dos 20 anos do 25 de Abril, com o livro Magia dos Sinais e obteve uma Menção Honrosa no Prémio Aquilino Ribeiro, com o livro Padrões.
Participou na 5ª Edição do Belô-Poético – Encontro Nacional de Poesia, em Belo Horizonte.
Fez parte da Direcção da Associação Portuguesas de Escritores.

terça-feira, 16 de março de 2010

O Acto Poético


O acto poético é o empenho total do ser para a sua revelação. Este fogo do conhecimento, que é também fogo de amor, em que o poeta se exalta e consome, é a sua moral. E não há outra. Nesse mergulho do homem nas suas águas mais silenciadas, o que vem à tona é tanto uma singularidade como uma pluralidade. Mas, curiosamente, o espírito humano atenta mais facilmente nas diferenças do que nas semelhanças, esquecendo-se, e é Goethe quem o lembra, que o particular e o universal coincidem, e assim a palavra do poeta, tão fiel ao homem, acaba por ser palavra de escândalo no seio do próprio homem. Na verdade, ele nega onde outros afirmam, desoculta o que outros escondem, ousa amar o que outros nem sequer são capazes de imaginar. Palavra de aflição mesmo quando luminosa, de desejo apesar de serena, rumorosa até quando nos diz o silêncio, pois esse ser sedento de ser, que é o poeta, tem a nostalgia da unidade, e o que procura é uma reconciliação, uma suprema harmonia entre luz e sombra, presença e ausência, plenitude e carência.

Eugénio de Andrade, in 'Rosto Precário'

sexta-feira, 5 de março de 2010

MARIA LAMAS: uma visão nova e alargada

Escritora e interveniente política portuguesa. Mulher de personalidade admirável, oriunda de uma família burguesa de Torres Novas, ali estudou até aos dez anos. Aprendeu línguas o que lhe viria a ser útil mais tarde, quando teve de ganhar a vida com traduções. Era preciso chegar às mulheres trabalhadoras pouco esclarecidas quanto aos seus direitos. A sua colaboração no "Correio da Joaninha" passou a ser um diálogo educativo com as leitoras. Ligou-se ao MUD (Movimento de Unidade Democrática) e depois ao Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas, onde desenvolveu intensa actividade política e cultural. Presa, pela primeira vez, por motivos políticos, em 1949 sofreu imenso na prisão, porque a PIDE a colocou numa prisão incomunicável durante quatro meses. Esteve muito doente. Depois de várias prisões viu-se forçada ao exílio. A sua actividade como escritora é intensa e diversificada. Escreveu contos infantis, estudos na área da mitologia, porém o seu livro mais importante, fruto de dois anos de viagens por todo o país é «As Mulheres do Meu País», uma obra de referência, onde colaboraram com ilustrações os mais famosos intelectuais do tempo, editado em 1950. Seguem-se «A Mulher no Mundo», 1952 e «O Mundo dos Deuses e dos Heróis», 1961.Esteve exilada por diversas vezes, entre 1953 e 1962. Passados sete anos regressou do exílio. Tinha 76 anos e ainda a mesma esperança de melhores dias para Portugal. Viveu o 25 de Abril de 1974 com enorme alegria. Foram-lhe atribuídas duas das mais honrosas condecorações portuguesas, a de Oficial da Ordem de Santiago da Espada e a da Ordem da Liberdade. Faleceu com 90 anos, em Dezembro de 1983.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Internet Segura

A INSAFE, todos os anos durante o mês de Fevereiro organiza acções de sensibilização para uma internet segura, promovendo o uso mais responsável da tecnologia on-line, especialmente entre as crianças e jovens em todo o mundo.
O tema para 2010 é "Think B4 u post!", cuja campanha foi lançada a 9 de Fevereiro, como forma de comemoração do dia da Internet Segura.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Experimentalismo Poético

O Experimentalismo Poético é uma das tendências do vanguardismo literário e artístico da segunda metade do séc. XX (também há Pintura Experimental, Música Experimental, Teatro Experimental, Cinema Experimental…).
O Experimentalismo Poético português é um Movimento de vanguarda que surge em Lisboa em meados dos anos 60, embora já em finais de 50 a sua presença se tivesse feito sentir.
A Poesia Experimental Portuguesa tem relativamente poucos poetas no seu activo, pois de entre aqueles que colaboraram na Revista inicial, só quatro se mantiveram declaradamente fiéis ao Concreto Experimentalismo: António Aragão, Salette Tavares, E. M. de Melo e Castro e Ana Hatherly. Outros que surgiram depois, como José-Alberto Marques, Silvestre Pestana, Abílio, António Barros, Alberto Pimenta, Fernando Aguiar, encontraram os seus próprios caminhos, embora ligados, mais ou menos directamente, ao espírito do Movimento.
De uma maneira geral designados hoje por Poetas-Visuais, os Experimentalistas portugueses, tanto os antigos como os novos, repartem a sua actividade entre uma produção literária e uma inserção em zonas particulares das artes visuais como a pintura, o audio-visual, perfomances, além duma continuada presença em exposições, colóquios e publicações internacionais.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O homem nasceu para trabalhar, tal como o pássaro para voar.
Rabelais , François

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Asas


Asas servem para voar,
Para sonhar, ou para planar
Visitar, espreitar, espiar,
Mil casas do ar.
As asas não se vão cortar;
Asas são para combater,
Num lugar infinito no vacuo,
Para respirar o ar.
As asas são
Para proteger, te pintar
Não te esquecer,
Visitar-te, olhar-te, espreitar-te
Bem alto do ar.
E só quando quiseres pousar
Da paixão que te roer,
É um amor que vês nascer
Sem prazo, idade de acabar.
Não há leis para te prender
Aconteça o que acontecer.
Mas só quando quiseres pousar
Da paixão que te roer,
É um amor que vês nascer
Sem prazo, idade de acabar. (x2)
Não há leis para te prender
Aconteça o que acontecer.
Não vejo leis para te prender
Acontença o que acontecer.
Não há leis para te prender
Aconteça o que acontecer

GNR

Ser artista?...

"O que é que acredita que é um artista? Um imbecil que só tem olhos, se for pintor? ouvidos, se for músico? Ou uma lira em todos os andares do coração, se for poeta? Ou mesmo se for pugilista, somente músculos? Muito pelo contrário! O artista é, basicamente, um ser político constantemente alerta perante os dilacerantes, ardentes ou doces acontecimentos do mundo, moldando-se inteiramente à sua imagem. Não! A pintura não foi feita para decorar casas... É um instrumento de guerra, ofensivo e defensivo, contra o inimigo.
Pablo Picasso, 1972