Por estafeta [Placas lacadas]
Uma noite
De Lua clara
Sentei-me
Para escrever um poema
Sobre o ácer.
Mas o fulgor do luar
Na tinta
Cegou-me
E eu não pude senão escrever
O que recordava.
Por isso, a cingir o meu poema,
Inscrevi o teu nome.
— Amy Lowell (in Pictures of the Floating World, 1919)
By Messenger [Lacquer Prints]
One
night
When
there was a clear moon,
I
sat down
To
write a poem
About
maple trees.
But
the dazzle of moonlight
In
the ink
Blinded
me,
And
I could only write
What
I remembered.
Therefore,
on the wrapping of my poem
I have inscribed your name.
— Amy Lowell (in Pictures of the Floating World, 1919)
Amy Lowell nasceu em
Brookline, Massachusetts, em 1874, numa família episcopaliana. A mais nova de
cinco irmãos, começou por estudar em casa e depois frequentou escolas privadas
em Boston., tendo viajado extensivamente pela Europa com a família. Foi
fortemente influenciada pelo movimento imagista, liderado por Ezra Pound. Este
movimento, acreditava ela, tentava criar poesia forte, concisa e luminosa.
Morreu em 1925, em Sevenels, a sua terra natal. Entre as suas obras mais
relevantes conta-se A Dome of Many-Coloured Glass, de 1912, Pictures
of the Floating Wordl, de 1919 (obra na qual, na sua primeira parte [Lacquer
Prints], segue o modelo de haikus
japoneses sem respeitar as regras silábicas, e preservando apenas a brevidade e
a sugestão dos haikus) e What's
O'Clock, de 1925, que recebeu o prémio Pulitzer.
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