Uma
festa deslumbrante em Lisboa
O conde de Farrobo,
Joaquim Pedro Quintela, gostava de surpreender
a alta sociedade da época com o “fausto” e a “riqueza” de festas impressionantes.
Em Fevereiro de 1843, convidou
a família real, a fina flor da sociedade lisboeta e as mais altas
personalidades da época, para uma “sumptuosa” receção no seu majestoso e
“magnífico” Palácio das Laranjeiras. Este encontrava-se rodeado por “vastos
jardins”, estufas cheias de “flores e frutos, vindos de todo o mundo”,
piscinas, cascatas, fontes, jaulas com animais selvagens e exóticos, um
labirinto e um teatro “riquíssimo” decorado por artistas famosos – o célebre Teatro Thalia.
Durante a festa, foi
representada a ópera Le Duc d’Obonne, de
Eugene Scribe – o maior dramaturgo francês do século XIX. O papel principal foi
desempenhado pelo próprio anfitrião – o Conde de Farrobo, acompanhado por
Carlota O’Neill, Carlos da Cunha Meneses, Duarte de Sá, entre outros.
Seguiu-se um baile nos
jardins que estavam “maravilhosamente iluminados” e uma “ceia requintadíssima”.
Os festejos duraram dois dias…
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Fontes: José
Hermano Saraiva e Maria Luísa Guerra, Diário
da História de Portugal, vol. 3,
Lisboa, Difusão Cultural, 1998
(adapt.).
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